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quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Adriane Galisteu, Heráclito e os 360 graus

Não se entra no mesmo rio duas vezes; se o fizermos pela segunda vez, nem o rio é o mesmo nem nós somos a mesma pessoa.

Heráclito de Éfeso, 500 anos antes de Cristo.

Minha vida deu uma guinada de 360 graus.

Adriane Galisteu, 1998 anos depois de Cristo.

Faço esta comparação para reforçar a idéia de que estamos percorrendo um giro de 360 graus e retornando, após inúmeros périplos, ao básico do humano. Tenho o receio de ser tomado como determinista, de professar que os ecos do big-bang determinam o nosso amanhã. E isso, de alguma forma, vai contra a tudo o que acredito: a auto-determinação humana e o acaso-deus.
Será que a tecnologia está possibilitando que a nossa natureza se exprima da forma mais ampla e irrestrita possível? A busca desenfreada pelo futuro nada mais fez do que nos retornar à nossa mais básica ancestralidade? O retorno-fiel de Odisseu à sua amada-fiel Penélope...
Entendeu? Então...
Acredito que a interpretação ecossistêmica desse percurso humano, revelando o eterno ciclo de repetição/diferenciação (ler excelente artigo do Dr. Marco Maschio Chaga, INOVAR COM DIFERENÇA E REPETIÇÃO, a ser publicado pela Univali), num eterno jogo de diversificação/exploração e seleção/aprofundamento, possa nos ajudar a entender por onde estamos indo e não para onde rumamos. Visto que o destino é sempre o mesmo, tudo muda e continua-se no mesmo lugar. Adriane e Heráclito concordam.

Como sempre: continua...